Bem no coração da Avenida Montaigne, ainda hoje, é possível visitar as dependências da exuberante e elegante “House of Dior”.
Fundada em 1946 por Christian Dior, com ajuda do magnata dos tecidos Marcel Boussac.
Foi nesse nobre endereço que uma coleção de moda viria mudar e moldar os rumos da moda no século XX.
Sendo referência até os dias de hoje.
Mas antes de chegar a esse ponto, vamos voltar um pouquinho e que falar sobre o gênio por trás da história da Dior.
Índice de conteúdo
Christian Dior
Tímido e genioso, Dior, desde criança, sempre teve uma veia artística e uma paixão pelas rosas, que seriam usadas tempos depois em seus desenhos.
O estilista nasceu na cidade francesa de Granville, em 1905, mas se mudou aos cinco anos para Paris.
Apesar de seu talento natural para as artes, o estilista cursou Ciências Políticas, porém, não chegou a atuar na área.
Depois de viajar pelo mundo, abriu uma pequena galeria, onde chegou a expor algumas obras de Pablo Picasso.
Mas a crise fez com que esse empreendimento tivesse que ser fechado.
Em 1931, Dior começou a trabalhar para o Figaro Illustre, importante jornal francês, fazendo croquis da alta-costura.
Nos anos seguintes, o estilista desenhou roupas e acessórios para diversos Maisons de Paris.
Sua entrada de vez no mundo da moda foi em 1938, quando se tornou assistente do famoso estilista Robert Piguet.
Depois de defender seu país na segunda guerra mundial e trabalhar em outros Maisons.
Em 1946 Dior abriu seu próprio negócio e, um ano depois, ele lançou a coleção que mudaria o mundo da moda para sempre.
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New Look
Em 12 de fevereiro de 1947, a primeira coleção assinada por Christian Dior chegou às passarelas da moda.
O batismo da coleção New Look da Dior foi concedido pela famosa Carmel Snow, editora da revista de moda “Harper’s Bazaar”.
Que maravilhada pelas peças criadas pelo estilista exclamou a expressão “New Look”.
O famoso vestido “Corolle” possuía um design mais feminino.
Que explorava os contornos das mulheres, e trouxe de volta os charmosos corpetes que Coco Chanel havia rejeitado.
Com cintura alta, ombros estreitos, caimento até a canela e peito redondo, a peça da Dior definiu um novo estilo.
Que seria eternizado por personalidades como a duquesa de Windsor, Eva Perón, Ava Gardner e Marlene Dietrich.
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O início de uma no história na Dior
Quando uma estrela explode, ela se torna uma supernova, um corpo celeste de extremo brilho, mas que se extingue em pouco tempo.
O sucesso imediato da coleção não fez com que a vontade de revolucionar ficasse menor em Christian Dior.
Ele começou a expansão da sua marca, investindo em peles e acessórios.
Tendo o lançamento da Sociedade de Perfumes Christian Dior, em 1948, um marco para a grife.
No mesmo ano, o estilista levou sua marca para os Estados Unidos, abrindo sua primeira boutique na Quinta Avenida.
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Em 1954, a Dior revolucionou mais uma vez o mundo da moda ao lançar a coleção H.
Que tinha contornos estreitos e ausência de busto e cintura apertada, marcas da primeira linha da coleção.
E no ano seguinte ele mudou totalmente tudo que havia apresentado, lançando a linha Y, com corpo longo e parte superior mais pesada.
Mas em 1957, um ataque cardíaco fulminante apagou uma das maiores estrelas do mundo da moda.
Em apenas 10 anos, o estilista vendeu mais de 100 mil vestidos e criou mais 16 mil croquis.
Sem o grande gênio, a marca precisou se reinventar para manter-se relevante até os dias de hoje.
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Dior e o seu Legado na história
Com a morte do gênio que dava nome a grife, quem assumiu a direção criativa foi Yves Saint Laurent, que foi assistente de Dior por 10 anos.
O lançamento da coleção “trapézio” provou que a marca estava em boas mãos.
Porém, o estilista precisou se ausentar do cargo em 1960, pois foi convocado pelo serviço militar.
O próximo a ocupar o lugar foi Marc Bohan, cujas criações respeitavam a elegância e tradição da grife.
Seu principal marco foi a expansão das linhas de roupas.
Ele seguiu no comando da marca Dior até 1989, quando assume Gianfranco Ferré.
Que buscou o retorno das linhas geometricamente perfeitas em suas criações.
Já em 1996, John Galliano assume o cargo de diretor criativo.
Sua primeira coleção, em 1997, é aclamada por sua ousadia e elegância, misturando estilos New Look, rock, princesas ameríndias e mulheres Masai.
Três anos depois, o designer lança o desfile vagabundo, inspirado nos sem-teto, lançando uma tendência de moda urbana que seguiu nos próximos anos.
Galliano foi demitido da Dior depois de se envolver em um escândalo em 2011.
Sob a influência de álcool, o designer foi acusado de fazer comentários antissemitas, sendo filmado dizendo: “amo-te Hitler”.
Devido ao incidente, a Dior veio a público dizer que não tolera qualquer comportamento antissemita de seus funcionários.
Raf Simons foi anunciado para o lugar de Galliano, porém, sua permanência foi curta, tendo a coleção primavera-verão 2016 como a sua última pela grife.
A marca ainda não anunciou quem será o próximo a ocupar o cargo na empresa e responsável por manter o legado e continuar a história da Dior.
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